Costumo receber perguntas sobre como poderia ser o processo de acompanhamento de adultos neurodivergentes, que descobriram recentemente os seus diagnósticos ou suspeitas diagnósticas ou identificação, como é no caso das AH/SD que não possui diagnóstico por não se tratar de transtorno.
Vou responder considerando a minha forma de atuação, que condiz com as minhas áreas de especialização, a neuropsicologia clínica com ênfase em avaliação e reabilitação neuropsicológica, que me permite aprofundar o conhecimento sobre os sintomas e necessidades contidos em cada diagnóstico, e a especialização na psicologia clínica humanista, que considera sempre a compreensão da própria pessoa diante das suas necessidades.
Com isso é possível trabalharmos a identificação das necessidades e manejos para recompensar as dificuldades existentes no dia a dia, mas sempre considerando a experiencia e a maneira como a pessoa percebe e gostaria de trabalhar em terapia.
Em outras palavras, conseguimos juntos perceber o que pode ser aprimorado e de que forma, mas, levando sempre como ponto principal a experiencia da pessoa frente a sua história de vida e processos, o que permite a fluidez da autenticidade da pessoa, que passa a se afirmar diante das suas singularidades, equilibrando com o aprimoramento de sua funcionalidade e relações.
Considero essa a chave para o melhor desenvolvimento da pessoa, que por vezes precisou se adequar as demandas externas, mas que agora consegue ir de encontro consigo mesmo e com tudo o que pode desenvolver plenamente.
Comments